sábado, 7 de agosto de 2010

Quinta parada: Ribeirão Pires - Quarta Divisão

Quinta parada: Cadê o Elefante?
Texto escrito em 17 de Fevereiro de 2007

A matéria desta semana, além de nos levar a conhecer um local deslumbrante também nos pregou um belo teste de resistência física. Nós desbravadores podemos nos considerar quase alpinistas ou praticantes de esportes radicais depois de termos conhecido nosso destino desta semana: a 4ª Divisão.

O leitor pode estar espantado, achando que fomos rebaixados e que jogamos mal, mas não é bem por aí. 4ª Divisão é um bairro de Ribeirão Pires, onde está localizado o ponto mais alto da cidade, a Pedra do Elefante. Poderíamos ter ficado na parte baixa (e que nem é tão baixa assim...) apreciando a paisagem e possíveis locais interessantes que ali poderiam existir, mas não... Nossa persistência e braveza (ou seria teimosia e curiosidade?) nos fizeram escalar o morro e ir até a tal pedra, já que não é todo dia que temos oportunidade de ver ao vivo e a cores um elefante ou pelo menos algo que se parece com um.

O Bairro 4ª Divisão é muito conhecido na região e fora dela por ser ponto de encontro de jipeiros e amantes de esportes radicais, graças à grande quantidade de trilhas e outras opções de lazer, como a Gruta 4ª Divisão e a própria Pedra do Elefante. O lugar também é muito freqüentado, principalmente durante os finais de semana, por aqueles que gostam de música country, uma vez que ali está localizado o Centro Hípico Amarelinho, referência para a prática eqüestre e também como casa de shows.

A Pedra do Elefante é famosa por ser o ponto turístico mais alto da cidade, com aproximadamente 1000 metros acima do nível do mar. Também é utilizada para a prática de rapel e escalada, sendo possuidora de uma vista panorâmica fantástica, capaz de nos mostrar de um ângulo jamais visto diversas cidades do entorno. Pode parecer tudo lindo e maravilhoso – como realmente o é – mas não podemos esquecer da subida... Ah, a subida... isso certamente foi um caso à parte! Não sabemos como não chegamos à pedra partidos em quatro divisões, como quer o nome do bairro.

O Bairro:

Apesar do nome sugerir um lugar de difícil acesso e com certeza bem estranho as nossos olhos, isso não passa de impressão. O bairro é cortado pela Estrada do Sapopemba, que junto com a avenida de mesmo nome forma a maior avenida do Brasil com cerca de 45km de extensão, ligando o bairro da Água Rasa, em São Paulo, ao Jd. Petrópolis, em Ribeirão Pires, passando por Mauá. Pelo que percebemos em nossa caminhada pelo bairro, a 4ª Divisão é um bairro bem urbanizado, com apenas algumas ruas sem calçamento. Não é isso, porém, que tira seu ar “rural”, que tanto gostamos. Sua vegetação de entorno é abundante e o centro hípico que a região contém faz questão de preservar a área verde que há em sua propriedade. O bairro é atendido por 2 linhas de ônibus: uma que liga ao centro da cidade (13) e outra que vai até Capburgo, já em Mauá, saindo do terminal central da cidade (336). Como a fauna está sempre presente em nossas matérias, ela não poderia ficar de fora dessa vez! Enquanto andávamos pela principal rua do bairro (Miro Attílio Peduzzi), avistamos alguns cavalos pastando tranqüilamente bem próximo ao leito da rua, cena que desta vez conseguimos fotografar! E pra mostrar mais uma vez como o mundo animal está presente no mundo dos desbravadores, criaremos um tópico exclusivo nessa matéria, priorizando um animal pouco peculiar: o ELEFANTE!

O Sobe e Desce:

Parados numa padaria do bairro para nos refrescar, pois estava um “sol de rachar mamona”, avistamos uma placa que informava alguns pontos turísticos do bairro (Gruta, que não chegamos a conhecer, e Pedra do Elefante). Nosso instinto de curiosidade e de desbravação logo nos mostrou que não ia ter jeito... isso nos fez pedir informações ao balconista do estabelecimento, que nos falou da tortuosidade do trajeto, mas nem isso nos convenceu a não encarar! Dispostos a encarar a jornada, sem qualquer preparo físico anterior, lá fomos nós, munidos com duas garrafinhas de meio litro de água (quase quente devido ao sol).

Começamos por uma rua de paralelepípedos (Malvina Tavares) e logo avistamos o começo da subida, que já é de terra. No começo, não demos muita bola para as dificuldades, mas logo vimos que estávamos enganados! Subidas íngremes durante quase todo o trajeto quase mataram os desbravadores, que mesmo assim engataram uma reduzida e continuaram a subir! Com um pedaço bem danificado, cheio de valetas e com a estrada escorregadia, tivemos que tomar cuidado pra não rolarmos ribanceira abaixo, principalmente quando cruzamos com um jipe a algumas motos subindo em disparada, pois se parassem, fatalmente ficariam atolados!

Mas somos fortes e resistentes e depois de 1 hora de subida (já com a língua de fora), chegamos a tal Pedra do Elefante! Olhamos de um lado, olhamos de outro e nada de achar o tal elefante. Percebemos, então, depois de uma análise mais detalhada, que é possível sim ver o formato do elefante na pedra, embora para isso tenhamos de estar envolvidos com o lugar e deixar que um pouco de imaginação ilumine as formas rochosas daquele colosso no alto da colina. Certamente, é um dos mais belos lugares que já visitamos! A visão é fabulosa, e além de nos permitir um olhar privilegiado de algumas cidades da nossa região também transmite uma paz fenomenal. Recomendamos esse passeio a todos, mas reiteramos que é preciso ao menos o mínimo de preparação, coragem e prática, pois não é fácil “escalar” o morro!

A descida, como já era de esperar, foi bem mais fácil, pois como bem se sabe “pra baixo todo santo ajuda”. Despreocupados por já termos uma boa idéia do lugar, pudemos descer tranqüilamente e sem o medo de cair na ribanceira, além de observar cada detalhe do caminho que nos leva até a pedra. Percalços e situações embaraçosas que tenham havido – porque com certeza existiram – nós não vamos contar... queremos atiçar o senso de aventura de todos os nossos leitores! Uma coisa, porém, a gente fala com prazer: na primeira oportunidade, visitem a pedra! Arrepender-se vocês não vão, pelo contrário, irão se surpreender.

O Trajeto:

Nesta semana nos encontramos no Terminal Santo André Leste (TSAL), onde pegamos um ônibus da linha 177 rumo ao centro de Ribeirão Pires. Nesse trajeto passamos pelo Pq. Jaçatuba em Santo André e, entrando em Mauá, passamos pelo Bairros Capuava, Centro, Vila Bocaina e Pq. das Américas. Tendo entrado em Ribeirão Pires, cruzamos as Vilas Monteiro, Belmiro e o Jd. Alvorada, até chegarmos ao Terminal Rodoviário. Dali, pegamos um ônibus municipal da linha 13 e nele seguimos até a 4ª Divisão. No trajeto percorremos Jd. Sta. Luzia, Estância Iramaia e Vila Bonita. O caminho de volta não foi muito diferente: pegamos novamente um carro da linha 13 e com ele chegamos novamente ao Terminal Rodoviário da cidade. A diferença se deu agora, uma vez que pegamos então um ônibus da linha 165 e seguimos para São Bernardo, passando pelo Centro Alto, Recanto Suísso e Jd. Caçula. Num pequeno trecho da Rodovia Índio Tibiriçá em Santo André, passamos pelo Pq. Andreense, antes de entrar em São Bernardo e passar pelo Bairro Capelinha, Pq. Estoril e, enfim, centro de Riacho Grande, pegando dali a Via Anchieta e seguindo nela até o km 23 e o Bairro Ferrazópolis, região central de São Bernardo.

Semana que vem tem mais e não se esqueçam daquele que é nosso lema e que repetimos toda semana: o Grupo ABCBUS e os Desbravadores do ABC fazem e recomendam: CONHEÇA A SUA CIDADE! Agora, além disso, a empolgação nos manda dizer: se possível, conheçam também a Pedra do Elefante, nós não esqueceremos tão cedo!

Dúvidas, críticas ou sugestões de pauta? desbravadores.abc@gmail.com

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