A matéria desta semana, além de nos levar a conhecer um local deslumbrante também nos pregou um belo teste de resistência física. Nós desbravadores podemos nos considerar quase alpinistas ou praticantes de esportes radicais depois de termos conhecido nosso destino desta semana: a 4ª Divisão.
O leitor pode estar espantado, achando que fomos rebaixados e que jogamos mal, mas não é bem por aí. 4ª Divisão é um bairro de Ribeirão Pires, onde está localizado o ponto mais alto da cidade, a Pedra do Elefante. Poderíamos ter ficado na parte baixa (e que nem é tão baixa assim...) apreciando a paisagem e possíveis locais interessantes que ali poderiam existir, mas não... Nossa persistência e braveza (ou seria teimosia e curiosidade?) nos fizeram escalar o morro e ir até a tal pedra, já que não é todo dia que temos oportunidade de ver ao vivo e a cores um elefante ou pelo menos algo que se parece com um.
O Bairro 4ª Divisão é muito conhecido na região e fora dela por ser ponto de encontro de jipeiros e amantes de esportes radicais, graças à grande quantidade de trilhas e outras opções de lazer, como a Gruta 4ª Divisão e a própria Pedra do Elefante. O lugar também é muito freqüentado, principalmente durante os finais de semana, por aqueles que gostam de música country, uma vez que ali está localizado o Centro Hípico Amarelinho, referência para a prática eqüestre e também como casa de shows.
A Pedra do Elefante é famosa por ser o ponto turístico mais alto da cidade, com aproximadamente
O Bairro:
Apesar do nome sugerir um lugar de difícil acesso e com certeza bem estranho as nossos olhos, isso não passa de impressão. O bairro é cortado pela Estrada do Sapopemba, que junto com a avenida de mesmo nome forma a maior avenida do Brasil com cerca de 45km de extensão, ligando o bairro da Água Rasa,
O Sobe e Desce:
Parados numa padaria do bairro para nos refrescar, pois estava um “sol de rachar mamona”, avistamos uma placa que informava alguns pontos turísticos do bairro (Gruta, que não chegamos a conhecer, e Pedra do Elefante). Nosso instinto de curiosidade e de desbravação logo nos mostrou que não ia ter jeito... isso nos fez pedir informações ao balconista do estabelecimento, que nos falou da tortuosidade do trajeto, mas nem isso nos convenceu a não encarar! Dispostos a encarar a jornada, sem qualquer preparo físico anterior, lá fomos nós, munidos com duas garrafinhas de meio litro de água (quase quente devido ao sol).
Começamos por uma rua de paralelepípedos (Malvina Tavares) e logo avistamos o começo da subida, que já é de terra. No começo, não demos muita bola para as dificuldades, mas logo vimos que estávamos enganados! Subidas íngremes durante quase todo o trajeto quase mataram os desbravadores, que mesmo assim engataram uma reduzida e continuaram a subir! Com um pedaço bem danificado, cheio de valetas e com a estrada escorregadia, tivemos que tomar cuidado pra não rolarmos ribanceira abaixo, principalmente quando cruzamos com um jipe a algumas motos subindo em disparada, pois se parassem, fatalmente ficariam atolados!
Mas somos fortes e resistentes e depois de 1 hora de subida (já com a língua de fora), chegamos a tal Pedra do Elefante! Olhamos de um lado, olhamos de outro e nada de achar o tal elefante. Percebemos, então, depois de uma análise mais detalhada, que é possível sim ver o formato do elefante na pedra, embora para isso tenhamos de estar envolvidos com o lugar e deixar que um pouco de imaginação ilumine as formas rochosas daquele colosso no alto da colina. Certamente, é um dos mais belos lugares que já visitamos! A visão é fabulosa, e além de nos permitir um olhar privilegiado de algumas cidades da nossa região também transmite uma paz fenomenal. Recomendamos esse passeio a todos, mas reiteramos que é preciso ao menos o mínimo de preparação, coragem e prática, pois não é fácil “escalar” o morro!
A descida, como já era de esperar, foi bem mais fácil, pois como bem se sabe “pra baixo todo santo ajuda”. Despreocupados por já termos uma boa idéia do lugar, pudemos descer tranqüilamente e sem o medo de cair na ribanceira, além de observar cada detalhe do caminho que nos leva até a pedra. Percalços e situações embaraçosas que tenham havido – porque com certeza existiram – nós não vamos contar... queremos atiçar o senso de aventura de todos os nossos leitores! Uma coisa, porém, a gente fala com prazer: na primeira oportunidade, visitem a pedra! Arrepender-se vocês não vão, pelo contrário, irão se surpreender.
O Trajeto:
Nesta semana nos encontramos no Terminal Santo André Leste (TSAL), onde pegamos um ônibus da linha 177 rumo ao centro de Ribeirão Pires. Nesse trajeto passamos pelo Pq. Jaçatuba
Semana que vem tem mais e não se esqueçam daquele que é nosso lema e que repetimos toda semana: o Grupo ABCBUS e os Desbravadores do ABC fazem e recomendam: CONHEÇA A SUA CIDADE! Agora, além disso, a empolgação nos manda dizer: se possível, conheçam também a Pedra do Elefante, nós não esqueceremos tão cedo!
Dúvidas, críticas ou sugestões de pauta? desbravadores.abc@gmail.com
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